A família de Silvany Batista da Silva Santos, 48, denunciou nesta quarta-feira (2) um suposto erro médico que teria acontecido em um hospital particular de Goiânia. A costureira deu entrada na unidade de saúde com uma fratura no pé esquerdo, decorrente de um acidente de trânsito, e acabou saindo da sala de cirurgia com o pé direito operado.
O acidente aconteceu na última sexta-feira. Silvany foi atropelada por um motociclista na cidade de Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia.
A costureira foi então atendida no posto de saúde do município e uma radiografia detectou a necessidade de cirurgia. A paciente foi transferida para o Hospital de Urgências de Goiânia, onde, segundo a família, não foi possível fazer a operação.
Silvany ainda passou por uma unidade de saúde no bairro de Campinas (a família não soube dizer se era pública ou particular) até ser encaminhada, no domingo, para o Hospital Maria Auxiliadora, estabelecimento particular que também recebe pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
Na manhã de terça-feira (1º), a costureira foi levada para a sala de cirurgia. “Ela entrou com o pé esquerdo enfaixado. Estava inchado e roxo. Qualquer pessoa conseguiria ver qual pé precisava ser operado”, conta Helena Soares de Oliveira, tia de Silvany.
Ao voltar para o quarto, os parentes perceberam que o pé direito é que estava enfaixado. Por outro lado, notaram que não houve nenhuma intervenção cirúrgica no pé fraturado.
“Ela chegou ao hospital de muletas, apoiando justamente o pé direito no chão, que estava perfeito. Agora está na cama, imobilizada”, conta Nilda Batista, irmã da paciente.
Desculpas
Silvany diz que o médico que fez a cirurgia deu poucas explicações sobre o procedimento realizado no pé sadio. Ela não sabe, por exemplo, se foi colocado algum pino no local.
“O médico falou para o meu marido que não tinha colocado nada. Em momento algum ele admitiu que errou, mas assumiu de outras formas. Disse que se for preciso vende até o carro para pagar o tratamento em outro hospital”, afirma.
Na manhã de hoje a irmã da paciente reuniu-se com a direção do hospital e com o médico que fez a operação, acompanhado do advogado. Segundo ela, o médico pediu desculpas e disse “que não fez de propósito”.
Nilda também procurou o Ministério Público de Goiás. Segundo o assessor da 39ª Promotoria de Defesa do Cidadão, Francis Junqueira, ainda essa semana devem ser solicitados esclarecimentos ao hospital e ao profissional que realizou o procedimento. Ao ser notificada, a unidade terá 10 dias para se explicar.
O Cremego (Conselho Regional de Medicina de Goiás) também instaurou procedimento para apurar se houve erro médico, mesmo sem denúncia formal da família.
Fonte:UolNoticias
1 comentários:
isso aqui na irlanda acontece todo dia..lol
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